terça-feira, 22 de setembro de 2009

Rui Barbosa

Diz a lenda que Rui Barbosa, um dia ao chegar em casa, ouviu um
barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus
patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e,
surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos,
disse-lhe:

- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos
bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares
o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e
à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para
zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e
honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua
sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima
potência que o vulgo denomina nada.

E o ladrão, completamente confuso, diz:

- Dotô, eu levo ou deixo os pato ??

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